O Teatro Praga, João Sousa Cardoso, Jacinto Lucas Pires e o Teatro Oficina são alguns dos nomes que dão corpo à edição de 2017 dos Festivais Gil Vicente, que decorrem de 1 a 11 de junho, em Guimarães.
Os organizadores sublinham que, num ano em que o programa lança um olhar sobre a criação em território nacional, e no qual se encontram três estreias, os Festivais apresentam um cartaz que privilegia a proximidade entre o público e os artistas, para além de propor palcos pouco convencionais. Esta edição reserva, ainda, um programa de atividades paralelas que gira em torno de um projeto lançado pelo Teatro Oficina, na tentativa de mapear profissionais das artes performativas nascidos ou criados em Guimarães. Será o 1.º encontro do Gangue de Guimarães.
Os Festivais – principal festival de teatro da cidade – propõem uma nova lógica de relação com o que está à sua volta, ao pretender valorizar o aparecimento do talento territorial existente. A partir de uma ideia recém-nascida no seio do Teatro Oficina – o Gangue de Guimarães – é lançada uma residência artística assente em dois vetores: formação dramatúrgica e identificação do potencial criativo dos elementos do grupo entretanto constituído.
Os Festivais Gil Vicente têm início esta quinta-feira, dia 01 de junho, às 21h30, com a estreia absoluta de ‘Geocide. A peça de Cátia Pinheiro e José Nunes, da Estrutura, que conta com a colaboração dramatúrgica de Rogério Nuno Costa, sobe ao palco do Pequeno Auditório do Centro Cultural Vila Flor (CCVF) para abordar os temas da mobilidade demográfica, das narrativas distópicas, das visões de futuro apocalípticas, da biopolítica e, consequentemente, da geopolítica.
No dia seguinte (2 de junho), às 21h30, é a vez do Grande Auditório do CCVF receber a mais recente criação do Teatro Praga, “Despertar da primavera, uma tragédia de juventude”, uma peça escrita em 1891 por Frank Wedekind sobre um grupo de adolescentes em conflito com uma sociedade conservadora e moralista.
Luís Moreira (CP 8078)