O Guimarães LGBTQIA+ denuncia esta terça-feira uma agressão a soco e a pontapé de um homem na mata contígua ao cemitério de Monchique, em Guimarães. Um alerta foi pelo movimento já revelou outros casos de violência de carácter homofóbico naquele local
Na rede social Facebook, o movimento, que alega motivos homofóbicos para a agressão, adianta que o caso se deu no passado dia 23, pelas 18h30, no lugar conhecido por “monte dos rotários”.
Segundo o Guimarães LGBTQIA+, “dois indivíduos, na faixa etária dos vinte anos, agrediram selvaticamente um homem a soco e pontapé, deixando-lhe o rosto inchado e coberto de sangue”.
Já em comunicado, o movimento adianta mais pormenores. Revela que o homem agredido é “um idoso e casado”, atacado “apenas e só, devido à sua orientação sexual”.
“Foi também prestado um primeiro auxílio à vítima, que se recusou a chamar as autoridades ou a participar o crime”, mas que “foi, ainda assim, convencida a dirigir-se ao hospital, uma vez que os ferimentos aparentavam ser graves”.
Revela ainda que “o engodo e a entrada e saída dos agressores, na mata, foi testemunhada”, assim como parte da matrícula da viatura em que fugiram, tal como a marca, modelo e cor do veículo.
CRUISING
A primeira resposta do movimento à agressão foi a colocação de avisos na internet, que já resultaram em mais denúncias de ameaças homofóbicas, no mesmo local, provenientes de indivíduos com a mesma descrição.
“Parece haver um padrão, que indicia a probabilidade da existência de mais casos”, conclui o colectivo, que receia “que possa estar em curso uma escalada de crimes homofóbicos”.
O colectivo vimaranense explica que as vítimas deste tipo de agressões são “pessoas vulneráveis, com medo e receio de se exporem”, acrescentando que “o cruising é a procura de relações sexuais gratuitas, consensuais e anónimas em locais públicos, tais como matas, praias e parques de estacionamento”.
Fernando Gualtieri (CP 7889)