esta quarta-feira o prémio o Prémio Príncipe da Beira, um galardão instituído pela Fundação D. Manuel II, a Universidade Minho (UMinho) e o município de Guimarães.
O trabalho vencedor aborda o perfil de metilação de micro RNAs como ferramenta de deteção em biopsia líquida e como biomarcadores de resistência à radioterapia em paciente com cancro esofágico.
Lúcia Raquel Moreira Faria, internista no Hospital de St.º António, no Porto, recebeu uma menção honrosa pelo trabalho que versou o Lúpus Eritematoso Sistémico, uma doença auto-imune debilitante e imprevisível, caracterizada pela heterogeneidade clínica e laboratorial.
“Não queremos que Guimarães seja apenas o Berço de Portugal, mas que seja também o ‘berço do futuro do desenvolvimento científico’”, afirmou Adelina Pinto, vice-presidente da autarquia, na cerimónia da entrega do prémio, que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com as presenças Rui Viera de Castro, reitor da UMinho, e Dom Duarte, Duque de Bragança.
“A investigação e o conhecimento serão os baluartes da nova sociedade e Guimarães quer estar na linha da frente”, referiu a autarca, concluindo que “é um privilégio para a cidade contar com instituições prestigiadas no que diz respeito ao ensino e à investigação, como é o caso da UMinho e o grupo de investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos, 3B’s, entre outros.
Rui Vieira de Castro, reitor da universidade minhota, realçou o papel “insubstituível da ciência e do conhecimento” pelo facto de contribuírem para “o alargamento do conhecimento sobre a vida humana e para intervirem de forma decisiva nas transformações da nossa realidade”.
“O conhecimento científico depara-se com discursos alternativos que contradizem o óbvio para a comunidade científica, pelo que combater estas ameaças é imperativo”, disse, acrescentando que os prémios científicos têm um papel importante no incentivo à investigação e, dessa forma, ao desenvolvimento da ciência.
Já Dom Duarte, referiu que Guimarães “é o berço de Portugal, um país que sempre foi grande quando soube abrir-se ao mundo”. Para o Duque de Bragança, as descobertas geográficas e humanas que Portugal encetou foram promotoras de progresso científico.
Ao prémio, com um valor pecuniário de 15 mil euros, e que visa reconhecer a investigação de excelência na área das ciências biomédicas, concorreram 44 trabalhos.