Moradores e comerciantes aproveitaram, esta segunda-feira, a inauguração do centro cívico das Caldas das Taipas, em Guimarães, para protestar contra forma como a obra de requalificação decorreu e pelo seu resultado final.
O diário digital Guimarães, Agora! dá nota que as razões dos protestos são várias: do estacionamento a atrasos na obra, do piso à falta de uma escada, na fronteira da igreja.
Também mais visíveis, mas silenciosos, eram os protestos de vários comerciantes que nos seus estabelecimentos ostentavam faixas pretas e tarjas com mensagens de descontentamento: ‘Roubaram-nos a identidade – Jardins, Muros de pedra, Chafariz, WC (Casa de Banho), Capela, Estacionamento…’ e ‘A vila das Taipas está morta’.
O Guimarães Digital testemunhou a funcionária de uma florista a queixar-se que a colocação de pinos para impedir a passagem de automóveis faz com que “as descargas não sejam feitas com a mesma facilidade”.
Outra, conta o mesmo diário digital, queixava-se que “esta obra não responde às necessidades da vila”, chamando a atenção que, em caso de acidente ou incêndio, as autoridades poderão “não conseguir chegar até aqui”.
Já ao Mais Guimarães, um comerciante disse que “não contava que este projecto estragasse completamente os hábitos e costumes dos taipenses”.
A falta de estacionamento, pinos e “bancos de costas para o coreto” foram os “erros e defeitos” que apontou. Queixou-se que os lojstas “perderam completamente a clientela”, tendo algumas lojas fechado, enquanto “outras estão mal financeiramente”.
Também ao Mais Guimarães, Luís Soares, presidente da Junta de Freguesia de Caldelas”, reconheceu que “a manifestação é um direito constitucional consagrado e os políticos devem respeitar e procurar as suas razões. Não fomos indiferentes a algumas situações e não há problema em haver descontentamento. O nosso dever é responder aos problemas dentro dos princípios que defendemos”.
Domingos Bragança, presidente do município de Guimarães, quer “resolver os pormenores com diálogo” e tem consciência de que “as obras públicas são sempre controversas”, recordando os trabalhos de requalificação da Caldeiroa e de Rua D. João I. O autarca não quer “uns contra os outros”, prometendo analisar as razões da população para se poder corrigir algumas das situações reclamadas.
Domingos Bragança lembrou que o projecto de requalificação do centro cívico, foi da autoria da Universidade do Minho e que em discussão pública, foi “aprovado por unanimidade”.
Fernando Gualtieri (CP 7889)