O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, acusou esta sexta-feira o Governo de não resolver os problemas do desemprego dos professores e ainda não ter colocado milhares de professores, continuando por preencher mais de cinco mil horários.
“O gravíssimo problema do desemprego de professores não está a ser resolvido pelo Governo, pois, no dia em que se inicia mais um ano escolar, há 31.102 docentes não colocados”, disse Mário Nogueira, em comunicado, acrescentando que “se tivermos por referência o que aconteceu há um ano, estarão, neste momento, por preencher, mais de 5.000 horários, entre completos, incompletos, anuais e temporários”.
Para o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, o país assiste neste sentido a um desperdício de qualificações.
“Este ano apenas colocou 2.365 docentes, todos em horários completos. Esta redução nas contratações terá ficado a dever-se ao facto de terem ingressado nos quadros um pouco mais de 3.400 professores, número que, ainda assim, é bastante curto, face ao elevado nível de precariedade que existe”, frisou.
A FENPROF salienta, também, o aumento “significativo do número de docentes dos quadros em “horário-zero”” e critica as “tremendas injustiças” do processo de colocação de professores.
“Para a FENPROF, a solução passaria por retirar as listas da Mobilidade Interna que foram publicadas, substituindo-as por outras que também incluíssem os horários incompletos, tal como propôs, em tempo útil, à Secretária de Estado Adjunta e da Educação e reiterou no protesto realizado no Porto”, defendeu.
Fonte: Jornal Económico