Joaquim da Silva Gomes, formado em História na Universidade do Minho, lança esta sexta-feira o seu 11.º livro, ‘Cafés Emblemáticos de Braga’. A sessão é às 18h30, no auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga, com apresentação de Miguel Bandeira, professor da UMinho e vereador bracarense, e de Paulo Monteiro, director do jornal Correio do Minho.
Fonte da reitoria revelou que “a obra destaca os principais espaços de encontro, convívio e, até, de construção da identidade da cidade e da sua memória colectiva. São eles os cafés Vianna, A Brasileira, Bristol, Astória, A Nova Brasileira, Avenida, Cinelândia, O Nosso Café e Sporting, entre outros. Parte deles já não existe”.
O decano é o café Vianna, que se julgava ter sido aberto em 1871 mas foi 13 anos antes, uma referência inédita referida no livro. Este café situa-se na Arcada, no centro histórico da cidade, e tem o nome do seu fundador. Por lá passaram Eça de Queirós ou Camilo Castelo Branco e, após a I Guerra Mundial, o local foi também uma entidade bancária. O mais recente é o café Sporting, inaugurado em 1961.
“Os portugueses estão habituados a tomar café e a maioria da vida social gira à volta da mesa de café”, diz Joaquim da Silva Gomes. Miguel Bandeira realça, no prefácio, que os cafés estão ligados ao sentido gregário dos minhotos, como pretexto de uma bebida ou de encontro. E nota que, nos cafés visados na publicação, os espelhos surgem sempre, “como elemento decorativo e funcional”. A obra inclui ainda uma singela homenagem a todos os que trabalham nos cafés. “Recebem os clientes sempre com sorriso e simpatia, mesmo ganhando pouco, e muitas vezes tornam-se uma referência do próprio estabelecimento”, frisa o autor.
Biografia:
Joaquim da Silva Gomes nasceu em Couto de Cambeses, Barcelos em 1970 e vive em Braga. Licenciou-se na UMinho em 1996 e leccionou em escolas do distrito, sendo actualmente docente na Escola Secundária Alcaides de Faria. Colabora com a imprensa regional desde 1989 e tem organizado exposições e colóquios, com temas como o 25 de Abril, Timor-Leste, o Leste europeu e os direitos humanos.
Os seus livros publicados são ‘Braga e os Caminhos-de-Ferro’ (2002), “Antologia de Bracarenses Ilustres” (2004), “Pinheiro Torres Ilustres” (2006), “Galeria dos Presidentes da Câmara Municipal de Braga” (2007), “Pereira e Cunha – Jurista e Político” (2007), “Victor de Sá em Livro Aberto” (2009), “100 Anos da República – Deputados, Procuradores, Senadores e Ministros do Distrito de Braga” (2010), “85 anos do Correio do Minho” (2011), “Os elétricos em Braga” (2014), “Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso – 20 Anos de Humanismo” (2015) e “Cafés Emblemáticos de Braga” (2015).