Dezenas de historiadores e outros estudiosos nacionais e estrangeiros da pessoa e da obra de D. Rodrigo de Moura Teles, Arcebispo de Primaz de Braga no século XVIII, cujo legado económico, social, artístico e religioso transformou a sociedade bracarense e a arquidiocese, encontram-se reunidos no Hotel do Parque, no Bom Jesus,
Intitulado ‘Os Sete Castelos’, o congresso é, afirmou Miguel Bandeira esta quinta-feira na sessão de abertura, “mais do que um tributo justo e oportuno”, mas “um momento histórico que se reveste de extrema importância para Braga”
“D. Rodrigo de Moura Teles deixou-nos um legado de expressão universal e a grande marca do barroco bracarense tem na sua figura uma elevada centralidade”, vincou o vereador.
Após ter sido designado Arcebispo de Braga, em 1704, D. Rodrigo de Moura Teles deu início a um dos mais notáveis arcebispados que a cidade conheceu ao longo da sua história. Homem de uma enorme erudição e de uma invulgar sensibilidade política, D. Rodrigo arquitectou um programa invulgarmente coeso em termos económicos, sociais, artísticos e religiosos que iria transformar a sociedade e a paisagem sagrada da arquidiocese.
Da sua vida, há a realçar vários vectores: um pastoral, com forte acção social na diocese; um social, mantendo-se ainda a influência em instituições como o Convento de Penha de França e as Convertidas; e um construtivo, tendo deixado um legado monumental de extrema valia, destacando-se, o Bom Jesus e a capela de S. Sebastião das Carvalheiras. Por outro lado, as Confrarias, tendo impulsionado mais de 600, desde Lisboa até Braga.
Paralelamente, encontra-se patente, até a 29 de Outubro, no Museu Mio Pio XXI, a mostra ‘Os Sete Castelos: D. Rodrigo de Moura Teles: vida e obra’, que resulta do inventário documental do arcebispado de D. Rodrigo Moura Teles.
Este encontro internacional é organizado pelo Instituto de História e Arte Cristãs da Arquidiocese de Braga (IHAC), em parceria com Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra, a Confraria do Bom Jesus, o Cabido da Sé de Braga, o Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica e ISMAI – Instituto Universitário da Maia.
Fernando Gualtieri (CP 1200)