O governo holandês vai baixar os limites de velocidade nas autoestradas do país para travar as emissões de monóxido de nitrogénio, que contribui para a degradação da camada de ozono.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, anunciou esta quarta-feira que a velocidade máxima vai passar de 130 km/hora para 100 km/hora em muitas das autoestradas.
A decisão é vista como uma derrota para Mark Rutte, cujo partido conservador é conhecido como “vruum vruum” devido ao apoio que dá aos motoristas.
O próprio primeiro-ministro admitiu estar “muito infeliz” por o limite máximo de velocidade ter de diminuir, mas a medida decorre de uma decisão da Supremo Tribunal holandês.
O tribunal considerou, em Maio, que as autorizações dadas pelo Governo a projectos que emitem monóxido de nitrogénio violam as leis ambientais da União Europeia, o que levou ao congelamento das licenças dadas a vários projectos de construção.
O monóxido de nitrogénio é considerado, em conjunto com o dióxido de nitrogénio, um dos gases mais poluentes da atmosfera.
No mês passado, a Agência Europeia do Ambiente alertou, num relatório, para a má qualidade do ar, que continua a colocar em risco a saúde das pessoas, estimando que 90% das pessoas nas cidades respiram ar poluído.
Segundo o relatório, a maioria dos europeus está exposta a um nível de poluição do ar além dos limites recomendados pela Organização Mundial de Saúde.
De acordo com o organismo europeu, as emissões perigosas não estão a diminuir suficientemente rápido.
No relatório salienta-se que cerca de 90% dos habitantes das cidades da UE estão expostos a concentrações de poluentes superiores aos níveis de qualidade do ar que já são considerados prejudiciais à saúde.
Segundo o relatório, a má qualidade do ar foi responsável por cerca de 400.000 mortes prematuras na UE em 2016.
Redacção com TSF