O Ministério Público (MP) acusou de violência doméstica e tentativa de homicídio um homem que insultou, ameaçou e disparou sobre a ex-companheira em Urgezes, em Guimarães, anunciou esta quarta-feira a Procuradoria-Geral Regional do Porto.
Em nota publicada na sua página na Internet, aquela procuradoria refere que o arguido está ainda acusado de um crime de detenção de arma proibida.
Segundo o Ministério Público, o arguido, no decorrer do relacionamento que manteve com a sua companheira durante 23 anos, a insultou várias vezes, a acusou de ter um amante e ameaçou que lhe batia.
A mulher apresentou queixa por violência doméstica, em 18 de Julho de 2020, e terminou o relacionamento que mantinha com o arguido, solicitando-lhe ainda que abandonasse a casa de residência comum do casal.
O arguido acabou por abandonar a casa, mas adiantando que aquilo “não ia ficar assim, tendo, passado pouco tempo, confidenciado a um filho que iria fazer a ex-companheira “pagar pelo que fez” e que para isso iria tratar de arranjar uma arma.
No dia 20 de Agosto, e ainda segundo o MP, o arguido abordou a ex-companheira em Urgezes, quando esta se dirigia para o trabalho acompanhada de uma das filhas de ambos, exigindo-lhe um fio de ouro.
“Quando ela lhe disse que não tinha fio nenhum, sacou de uma pistola de calibre 6,35 milímetros do casaco, municiada com três balas, apontou-lha à zona da barriga e disparou”, refere ainda a nota.
A vítima acabou por não ser atingida na barriga mas sim numa coxa, porque a filha conseguiu desviar o braço do agressor.
A ex-companheira e a filha esconderam-se atrás de um muro de pedra, “enquanto o arguido efectuava mais dois disparos”.
O arguido, que está em prisão preventiva, vai responder por um crime de homicídio qualificado agravado na forma tentada, um crime de violência doméstica agravado e um crime de detenção de arma proibida.