O Hospital de Braga está a aplicar um ‘Plano de Inverno’, com reforço de equipas na Urgência e coordenação com os centros de saúde para fazer face ao aumento de doentes com problemas respiratórios: mais 100 a 150 por dia, ou seja, de 550 para quase 700 atendimentos. A maioria sem classificada como não-urgente
O diretor do Serviço de Urgência do Hospital, Jorge Teixeira apela aos utentes para que procurem os centros de saúde, ou a Linha Saúde 24, para não terem de esperar cinco horas como sucede, nos dias de maior afluência. E garante: “Não há falta de médicos. Há sim pessoas que, em vez de irem ao centro de saúde, atafulham, sem necessidade, as urgências hospitalares”. É a gripe a chegar em força.
E, conforme o PressMinho/Vilaverdense noticiou, o diretor do Serviço de Urgências justifica, assim, o facto de, na última segunda-feira, os doentes não-urgentes terem esperado quase seis horas para serem atendidos. Todos com problemas respiratórios (gripes ou constipações) que são classificadas como ‘verdes’ – ou seja não-urgentes de acordo com o sistema de triagem de Manchester, em vigor nos hospitais portugueses. Ao todo 650 pessoas, mais cem do que num dia normal.
Jorge Teixeira diz que a Urgência foi reforçada com um médico para atender as pessoas que deviam ter ido ao centro de saúde, e garante que o serviço tem médicos que chegam, 30 no total.
Salienta que em janeiro e fevereiro a situação deve piorar, com o aumento do surto de gripe, não só em Braga como em todo o país: “somos campeões do mundo em termos de afluência às urgências, com sete milhões de atendimentos em 2015, número que deve crescer este ano”, salienta.
O médico avisa, por isso: “nos próximos meses, o tempo de espera pode ser maior, pelo que se aconselha o recurso às unidades de saúde”.
Luís Moreira (CP 8078)