A IL criticou este sábado a acção de Gandra D`Almeida como director executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), considerando que não tinha condições para continuar, e desafiou o Governo a iniciar uma “verdadeira reforma” na saúde.
Esta posição da Iniciativa Liberal (IL) surgiu em reacção à demissão de António Gandra D`Almeida do cargo de director executivo do SNS, na sexta-feira, após a SIC ter noticiado que acumulou durante mais de dois anos as funções de director do INEM do Norte, com sede no Porto, com as de médico tarefeiro nas urgências de Faro e Portimão.
Logo a seguir, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, aceitou o pedido de demissão apresentado por António Gandra D`Almeida.
Para o partido de Rui Rocha, “o director executivo do SNS não manifestava qualquer capacidade de gestão das atribuições que lhe foram confiadas”.
“Contribuiu para o falhanço dos sucessivos planos de saúde da AD nos últimos meses e para a degradação do SNS que se tem acentuado. Devia ter sido substituído logo que se tornou evidente a sua incompetência”, sustenta-se na nota divulgada pela IL.
Perante a situação de incompatibilidade por acumulação ilegal de funções e rendimentos, para a direcção dos liberais, “era impossível continuar” nas funções de director executivo do SNS.
“A IL espera que o Governo da AD aproveite esta oportunidade para iniciar finalmente uma verdadeira reforma da saúde dando resposta aos problemas dos portugueses, nomeadamente aos que têm menos recursos e vivem sem acesso a cuidados fundamentais”, acrescenta-se na mesma nota.
Gandra D´Almeida, especialista em cirurgia geral, foi director da delegação do Norte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) a partir de Novembro de 2021 e, nas Forças Armadas, acumulou funções de chefia e de coordenação.