Pelo menos 52 palestinianos morreram esta segunda-feira e mais de 2.400 ficaram feridos em protestos junto à fronteira com Gaza contra a transferência da embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém.
O balanço foi actualizado pelo ministro palestiniano da Saúde, que diz também que há seis menores entre os mortos por balas, golpes, contusões ou inalação de fumos na sequência dos confrontos com soldados israelitas.
Milhares de palestinianos reuniram-se em vários pontos da fronteira e pequenos grupos tentaram aproximar-se das barreiras de segurança que estão fortemente vigiadas pelo exército isrealita, que espera que dezenas de milhares de palestinianos participem nos protestos contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém.
Estas mortes elevam para 106 o número de palestinianos mortos na Faixa de Gaza desde o início, a 30 de Março, de um movimento de contestação em massa, e fazem desta segunda-feira o dia do conflito israelo-palestiniano com mais mortes desde a guerra do Verão de 2014 no enclave palestiniano.
Classificada como “histórica” por Israel, esta promessa de instalação em Jerusalém feita pelo presidente norte-americano, Donald Trump, foi interpretada como um acto de desafio à comunidade internacional, num período de grande preocupação com a estabilidade regional.
GUTERRES PREOCUPADO
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, está preocupado com a escalada de violência que se verifica na Faixa de Gaza.
“Estou particularmente preocupado com as notícias que chegam de Gaza, com um elevado número de mortos”, disse António Guterres aos jornalistas em Viena.
FG (CP 1200)