O Serviço Municipal de Protecção Civil da Póvoa de Lanhoso, em colaboração com a Brigada de Sapadores Florestais da Comunidade Intermunicipal do Ave e o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, estão a realizar trabalhos de estabilização de emergência junto à rede viária, em terrenos florestais, que foram afectados pelos incêndios de Setembro.
Esta intervenção iniciou-se na freguesia de Garfe e foi acompanhada pelo vereador da Protecção Civil, Ricardo Alves, bem como pelo Coordenador Municipal de Protecção Civil, Pedro Dias.
De seguida, estes trabalhos abrangerão outras freguesias, que fazem parte do território ardido no concelho, nomeadamente, junto à estrada municipal 595-2, que liga as freguesias de Rendufinho e Friande (União de Freguesias de Verim, Friande e Ajude).
Posteriormente, serão preparadas outras intervenções noutras áreas e ainda trabalhos de sementeira em áreas específicas.
Em comunicado, o município que “através de metodologia de engenharia natural, tem-se recorrido ao reaproveitamento de material lenhoso ardido para proceder à estabilização de linhas de água e à contenção de sedimentos, criando barreiras para prevenir erosão ravinar”.
“Este trabalho é efectuado através de estacas para criar barreiras naturais, que permitirão reduzir a velocidade das escorrências de água e, por conseguinte, travar uma maior erosão em caso de precipitação intensa”, acrescenta.
Adianta ainda que construção de pequenas represas que permitam a infiltração da água no local e retenção de minerais, a utilização de sementeira aérea ou terrestre para permitir uma mais rápida cobertura do solo com material vegetal e assim diminuir a perda de solo, até estruturas de suporte e estabilização de taludes como os muros de vegetação, são ainda técnicas a ter em consideração nas intervenções de curto prazo.
“Futuramente, serão realizados, um pouco por todo o concelho, idênticos trabalhos de prevenção, que, de momento, acorrem às situações consideradas mais urgentes”, afirma a autarquia.
Números provisórios apontam para uma área ardida de 3 mil hectares nos dois principais complexos de incêndios que assolaram o concelho (um que envolveu a freguesia de Garfe, na Póvoa de Lanhoso, e outras freguesias de concelhos vizinhos) e outro que envolveu freguesias do baixo concelho da Póvoa de Lanhoso (União de Freguesias de Calvos e Frades, União de Freguesias de Verim, Friande e Ajude, Rendufinho, Geraz do Minho, São João de Rei, Monsul e Ferreiros).