Farto de tantos assaltos, um talhante da Póvoa de Varzim encontrou uma solução: afixou um cartaz no estabelecimento, para “tocar na consciência” dos ladrões. “Eles são seres humanos, como nós…”, justifica Joaquim Barros.
“Por favor, não me roubem mais. Obrigado”, escreveu o proprietário de um talho da Póvoa de Varzim, num cartaz que afixou à porta do estabelecimento.
Desde o início do ano, já foi assaltado quatro vezes. E desde que é proprietário do talho, já contou 18 assaltos. O último roubo valeu aos meliantes 50 euros em moedas, um salpicão e uma costela do lombo de porco.
Os assaltos só são possíveis porque Joaquim Barros tem o alarme desligado. E porquê? É que mora em Balasar, a cerca de 20 minutos do estabelecimento, e já foi multado, quando o alarme disparou às 3h00 e esteve mais de 20 minutos a fazer ruído, num dos muitos assaltos de que foi vítima.
Este talhante quer sossego e espera que este pedido aos assaltantes lhes toque na consciência, para que possa ficar descansado.
“Se eu fizer justiça pelas próprias mãos, quem vai para a cadeia sou eu. Eu tenho por onde pagar, eles não têm. Então, não funciona. E o que é que funciona? Vamos tocar na consciência da pessoa”, explica o talhante, em declarações à SIC.
“Estamos a falar de seres humanos, como nós – com necessidades ou sem elas, com vícios ou não, com ou sem problemas… Têm lá uma consciência. E nós, se tocarmos na consciência deles, pode ser que parem. Foi essa a minha intenção”, acrescenta.