Caravelas-portuguesas estão a ser avistadas em praias do norte e centro de Portugal continental, alertou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), avisando que deve ser evitado qualquer contacto com a espécie.
“Muito influenciada por ventos e correntes de superfície, a caravela-portuguesa (physalia physalis) é uma espécie comum na costa portuguesa, incluindo Açores e Madeira. É caracterizada por um flutuador em forma de balão, frequentemente de cor azul ou rosada”, refere o IPMA em comunicado.
O IPMA acrescenta que esta espécie é a que exige “mais cautela”, devido aos seus longos tentáculos, que podem chegar aos 30 metros, capazes de provocar fortes queimaduras.
“Deve evitar-se tocar nos organismos, mesmo quando aparentam estar mortos/secos na praia. Em caso de queimadura por contacto com esta espécie, deve ser aplicado vinagre e compressas quentes”, explica.
O programa GelAvista, responsável pela monitorização dos organismos gelatinosos em Portugal, a desenvolver a sua actividade desde 2016, tem vindo a envolver os cidadãos para a necessária recolha de informação sobre a ocorrência de organismos gelatinosos em águas portuguesas.
“Ao longo da semana passada foram muitos os registos enviados pelos observadores GelAvista sobre a ocorrência da caravela-portuguesa. Em vários casos verificou-se a ocorrência conjunta da espécie velella velella, que não representa perigo para a saúde humana e que é muitas vezes confundida com a caravela-portuguesa”, salienta.
O IPMA apela ainda a que as pessoas comuniquem qualquer informação sobre avistamento desta ou de outras espécies, de modo a que seja possível, no futuro, “compreender a dinâmica dos organismos gelatinosos” e prevenir as ocorrências.