Depois da Distrital, esta segunda-feira foi a Concelhia do PSD de Braga a pronunciar-se sobre os constrangimentos e interrupções de atendimento no Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e no Bloco de Partos do Hospital de Braga, que se traduz em 10 dias de encerramento daquele serviço.
O título do comunicado remetido ao PressMinho, assinado pelo presidente da Concelhia, João Granja, revela o tom das críticas: ‘Irrefutável, Imperdoável e Inaceitável’.
Referindo que a Entidade Reguladora da Saúde (“entidade pública, note-se”) considerou o hospital bracarense como o melhor hospital do país nos anos 2017, 2018 e 2019, sob gestão público-privada, Granja atira: “Para a Comissão Política da Secção de Braga do PSD é indiferente se o hospital de Braga – como qualquer outro que integre o SNS – é de gestão pública ou privada. Para nós, Comissão política do PSD de Braga, relevante mesmo é que tenha os meios e cumpra a insubstituível missão de servir os utentes e salvaguarde os direitos dos seus profissionais”.
Acrescenta: “O governo socialista de António Costa acabou com uma solução que produziu bons resultados para os utentes e substituiu por uma gestão pública que, até ao momento, tem resultados muito piores. Piores e mais caros. Ou seja, os contribuintes pagam mais e os cidadãos que precisam de recorrer ao hospital têm piores níveis de atendimento e satisfação das suas necessidades. Imperdoável!”
“Na zona do país com maior saldo natural, num país que vive um Inverno demográfico, quando os jovens lutam por construir vida autónoma, as famílias contam os cêntimos para fazer face ao aumento da prestação da casa, do aumento da conta do supermercado, do custo dos combustíveis, qual é a resposta do Governo para os casais que, mesmo assim, optam por ter filhos? Fecham serviços do hospital e, em caso de necessidade, obriga esses casais a mais deslocações e mais despesas! Inaceitável”, frisa.
Para João Granja, os bracarenses “sentem hoje os custos da opção ideológica que determinou a gestão do hospital de Braga”.
“Tinham o melhor hospital do País e hoje têm urgências fechadas. Tinham um hospital com capacidade de resposta e hoje têm intermináveis filas de espera para atendimento e cirurgias. Pagam mais, mas têm direito a menos”, diz.
Sustenta que a situação “é apenas mais uma das consequências da celebrada geringonça de esquerda: satisfizeram o preconceito contra os privados e o povo que pague as consequências do preconceito e incompetência”.
E conclui: “Braga não vai esquecer o que está a acontecer e exige respostas urgentes para estes concretos problemas dos cidadãos. Toda esta incompetência é imperdoável e inaceitável”.
Fernando Gualtieri (CP 7889)