Durante esta semana, Braga recebe a Rede Internacional ‘ISA Culture’, uma iniciativa liderada pela Fundação Bracara Augusta, que se destaca como um símbolo de inclusão, diversidade e cooperação. Para o presidente da Fundação, este projecto nascido a partir de Braga, pode vir a ser inscrito nas competências e no programa da Capital Portuguesa da Cultura, título que a cidade vai ostentar em 2025.
Reunindo jovens com diversas vulnerabilidades sociais, culturais, físicas e intelectuais, oriundos de Espanha, Eslovénia e também de Portugal, o projecto ‘ISA Culture’ tem como objectivo promover a troca de experiências e conhecimentos entre diferentes culturas e realidades, fomentando assim o entendimento mútuo e a construção de pontes entre comunidades.
Durante esta semana, os participantes têm a oportunidade de participar em diversas actividades culturais, educativas e recreativas, que visam proporcionar momentos de diversão e aprendizagem, mas também promover a inclusão e a aceitação mútua. Desde jogos didácticos até visitas guiadas a locais históricos, cada momento é uma oportunidade para fortalecer os laços e celebrar a diversidade.
Esta quinta-feira, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, recebeu os participantes e destacou o apoio e colaboração de diversas entidades, que se uniram em torno deste projecto.
“Braga é um espaço de encontro e de inclusão e estamos certos que a Cultura tem um papel determinante na reinserção de públicos ao qual as iniciativas culturais não chegam”, disse o autarca, lembrando que “existe ainda um longo caminho a percorrer”.
Ricardo Rio defendeu ser necessário “criar massa crítica na sociedade que seja suficiente para derrubar barreiras, aproximar, formar e incluir”.
Por isso, continuou, “esta cooperação que envolve universidades, entidades do sector social e cultural, todos com o mesmo objectivo de promover o acesso à cultura por parte de grupos vulneráveis, vai contribuir decisivamente para a inclusão social e participação activa destes jovens”.
DESAFIO
“A Fundação Bracara Augusta congratula-se com o sucesso dos trabalhos de parceria e cooperação que vem desenvolvendo no âmbito da rede europeia de que este projecto é percursor e pelo modo como temos vindo a promover a acessibilidade à Cultura de todos os sectores que fazem a diversidade das nossas comunidades, em especial nos processos de inclusão de grupos que têm estado arredados da participação, do trabalho e usufruto da produção cultural que se faz”, afirmou Miguel Bandeira, presidente da Fundação.
Fazendo referência à participação “exemplar” e à “atenção e interesse demonstrado” por parte deste grupo, Miguel Bandeira referiu este dado “é bem revelador de que este projecto nascido a partir de Braga pode vir a ser inscrito nas competências e no programa da Capital Portuguesa da Cultura, título que Braga vai ostentar em 2025, garantindo, desde já, a distinção, o alcance e o pioneirismo desta iniciativa para fazer da Capital Portuguesa da Cultura inclusiva e acessível a todos os públicos e participações”, concluiu.
Acessibilidade à cultura e ao património são os vectores estruturantes do projecto “ISA Culture: Intellectually and Socially Accessible – On the way to equality: culture as a tool for social inclusion and labour integration”. O objectivo é a promoção do acesso à cultura para pessoas social e intelectualmente excluídas, através de um projecto abrangente que compreenda as causas da exclusão cultural e trabalhe para superar este problema social que é transversal à Europa.
Este projecto, financiado pelo programa Erasmus+ Juventude/Desporto & CES, é composto em Portugal pela Fundação Bracara Augusta, pelo Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa, pela CERCI Braga, pela Universidade de Burgos, em Espanha, e pela Associação RISA, na Eslovénia.