Isabel Carvalhais alertou que para “assumir metas que contrariem as alterações climáticas”, é necessário dotar “os estados e as sociedades dos recursos financeiros, humanos, técnicos e científicos que tornem essas metas exequíveis”.
Falando na Escola Secundária de Caldas das Taipas, em Guimarães, sobre ‘As alterações climáticas e a solidariedade europeia em tempos de crise’, a eurodeputada socialista defendeu que a única forma de o Pacto Ecológico Europeu ser respeitado é exigir que o acesso dos apoios aos Estados-membros a fundos fique “também condicionado ao respeito pelas normas e metas estabelecidas”.
Na intervenção que serviu também para anunciar os vencedores do concurso promovido pelo Clube Europeu desta instituição e que têm como prémio uma visita ao Parlamento Europeu já em Outubro a convite da eurodeputada, realçou a relevância do Pacto Ecológico Europeu (European Green Deal) enquanto “compromisso colectivo” com metas de sustentabilidade ambiental até 2050, que visam garantir à União Europeia “a sua transição para a neutralidade carbónica, e a construção sustentável de uma economia descarbonizada”.
Considerou ainda que os Estados devem promover a “transição energética com princípios solidários, proporcionando a todos a oportunidade de acompanhar essa transição”, acrescentando que “são os jovens que mais revelam vontade para uma mudança que deve ser também solidária”.
Apesar de dados do Eurostat indicarem uma redução de 4,3% de emissões de CO2 na zona Euro em 2019, face a 2018 graças à diminuição de energias fósseis e à aposta em energias renováveis, “com países como Portugal na linha da frente no que toca ao investimento na transição energética”, Isabel Carvalhais lembrou que “há ainda muito a fazer” e deu como exemplo o facto de 2019 ter sido um ano com recordes históricos de altas temperaturas registadas em quase toda a Europa.
Fernando Gualtieri (CP 1200)