A Justiça angolana tem curso um processo contra a empresária Isabel dos Santos, presidente da Cruz Vermelha de Angola (CVA), por suspeita de fuga ao fisco na importação de bens que estarão ao serviço da sua operadora de telecomunicações, a Unitel. A notícia é avançada pelo site Angola Voz da América (VOA) que dá conta que os prejuízos para o Estado angolano podem ascender a 30 milhões de dólares (25,3 milhões de euros).
Segundo esta agência de rádio internacional, o processo contra Isabel dos Santos foi aberto pela Direcção Nacional da Polícia Económica, que passou para a tutela do Serviço de Investigação Criminal (SIC).
“O processo é assente em suspeitas de que a antiga administradora da Sonangol terá usado a Cruz Vermelha, que beneficia de isenção fiscal, para adquirir meios como viaturas, material informático e geradores para a sua empresa”, avança a VOA.
O site acrescenta que essas informações permitirão confrontar com o que chegou ao país em nome da CVA entre 2009 e 2016, segundo secretários provinciais, que questionam a não realização de assembleias para renovação de mandatos.
De acordo com as mesmas fontes, que optaram pelo anonimato, estas suspeitas, a par da crise de salários numa organização com papel relevante na assistência humanitária,” retirou credibilidade a Angola junto de parceiros internacionais, com realce para a Cruz Vermelha Internacional”.
A investigação, dizem as nossas fontes, terá descortinado prejuízos para o Estado superiores a 30 milhões de dólares norte-americanos (25,3 milhões de euros), revela a VOA.
FG (CP 1200) com Jornal Económico