Na abertura, esta segunda-feira, das jornadas parlamentares do PCP, em Braga, Jerónimo de Sousa defendeu, mais uma vez, no aumento do salário mínimo pra 650 euros.
O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) afirmou que o salário mínimo como o rendimento dominante, aliado à falta de investimento público por parte do Governo, “ampliou e agudizou todos os problemas sociais da política de direita”.
“É com a consciência das insuficiências das medidas tomadas nos últimos anos que reafirmamos que, em matéria de trabalho e dos trabalhadores, é necessário continuar a avançar e não andar para trás ou marcar passo, dando resposta às profundas desigualdades sociais, que permanecem vivas na realidade portuguesa, em resultado de anos sucessivos de desvalorização dos salários”, afirmou Jerónimo de Sousa, na abertura das jornadas parlamentares dos comunistas.
“BRAGA NÃO RECUPEROU”
Jerónimo de Sousa diz que este tema é ainda mais relevante, tendo em conta que, no distrito de Braga, “o emprego não recuperou totalmente da brutal e prolongada recessão dos anos do Governo do PSD e CDS”.
O líder comunista frisou que, em sectores como o têxtil, vestuário e calçado, as pessoas continuam a receber abaixo dos 650 euros, pelo que é “urgente” reverter isso.
Além disso, a crise trouxe consigo “o desaparecimento de muitas centenas PME e um rasto de destruição de forças e actividades produtivas”, a que se vieram juntar “a não renovação das infraestruturas e no abandono do investimento público, ampliando todos os problemas sociais da política de direita”.