A firma J. Gomes: Sociedade de Construções do Cávado, SA, do empresário João Gomes de Oliveira, ex-presidente do Sp. Braga, pede uma indemnização de 116 milhões de euros, no Tribunal Cível, a quatro bancos a quem atribuí responsabilidades da sua falência.
A J. Gomes alega que a Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Novo Banco, e Montepio Geral, a partir de 2008/2009 agravaram-lhe as taxas de juro, as restrições ao crédito e os pedidos de reembolso de empréstimos. “Não respeitaram a parceria e a lealdade existente”, disse a empresa ao JN.
Os bancos negam a acusação, argumentando que a empresa estava em ruptura financeira e considera abusivo que se fale em parceria e lealdade, quando havia apenas uma relação comum entre banco e cliente.
“Não respeitaram a parceria e a lealdade existente”, defende contudo a empresa, notando que não lhe permitiram concretizar obras de 5,7 milhões negociadas em França e mais 7,8 milhões em obras em negociação que não avançaram pela falta das habituais garantias bancárias.
A empresa do ex-presidente do Sp. Braga argumenta que foi forçada a avançar com um Plano Especial de Recuperação (PER) em tribunal, no âmbito do qual alega que os bancos se comprometeram a financiá-la com um milhão de euros, para poder manter-se a funcionar. Compromisso que, alega, não cumpriram, forçando assim um novo PER e uma situação de pré-falência, apesar de manter “40 milhões de capitais próprios”, frisa o jornal.
Os bancos refutam as argumentações da J. Gomes, alegando que ele estava em ruptura financeira e que não poderiam manter o financiamento sem restrições. O BES acusa mesmo o empresário de “má fé” e de querer “enriquecer sem causa” à custa dos bancos e a CGD diz que “quer passar para terceiros os custos da sua gestão”, cita ainda o JN.
Por seu turno, o Montepio garante que emprestou dinheiro à construtora até 2013, enquanto o BCP argumenta que “ficou a perder oito milhões” com a empresa de João Gomes de Oliveira.
O Montepio terá financiado a J. Gomes em 3,5 milhões de euros, o BCP em nove milhões, o BES/Novo Banco em 11 milhões e a CGD em 12 milhões de euros.
FG (CP 1200) com Porto Canal e JN