Acho muito bem que investiguem tudo! É esta a reação do advogado João Magalhães, de Braga, a quem a Ordem dos Advogados vai instaurar um processo disciplinar – “na sequência das notícias vindas a público sobre uma alegada colaboração e cumplicidade de advogados com associações criminosas ligadas à cobrança ilegal de créditos através de meios violentos”.
“Tenho recebido centenas de mensagens de apoio, muitas delas de colegas da profissão, que enaltecem a minha decisão de denunciar a mafia de Braga ligada a cobranças difíceis e que envolve quatro a cinco advogadas”, reafirmou.
Conforme o PressMinho noticiou, o Conselho de Deontologia do Porto vai averiguar da veracidade das declarações do jurista, “a fim de que, da forma mais célere possível, seja apurada a verdade ou inverdade dos factos e, numa situação ou noutra, se apliquem as sanções legalmente previstas”.
“Não pode o Conselho Regional do Porto permitir acusações generalizadas, sem rostos e sem nomes, que apenas servem para achincalhar a profissão e afetar a sua dignidade e menorizar a sua relevância social”, afirma a Ordem.
“De igual modo, o Conselho Regional do Porto manifesta o seu profundo repúdio contra o ataque de que têm sido alvo todas as advogadas de Braga por parte órgãos de comunicação social que, sem cuidar minimamente pelo apuramento e divulgação de factos concretos, se têm limitado a publicitar e a lançar lamentáveis anátemas sensacionalistas que acabam por atingir toda a classe, sem qualquer utilidade informativa”, diz o organismo.
Na opinião da Ordem, a “cidade de Braga e a advocacia bracarense, à imagem de outras cidades e delegações, sempre foram uma fonte de excelência jurídica, como o comprovam, nomeadamente, a Associação Jurídica de Braga e a Escola de Direito da Universidade do Minho, e é assim que continuarão a ser vistas por todos”.
“Nunca a árvore será confundida com a floresta”, conclui.
Luís Moreira (CP 8078)