O jornal Público destaca esta sexta-feira, Dia de S. Valentim, na sua edição Norte, os lenços dos namorados de Vila Verde. ‘Como um lenço colocou a alma de uma vila no coração de todo um país”, assim se chama o trabalho, assinado pelo jornalista Paulo Ricardo Silva.
“Este lenço, no fundo, significava aquilo que talvez hoje signifique um anel de noivado”, é assim que Júlia Fernandes, presidente da Câmara, apresenta o Lenço.
Ao logo de quase duas páginas conta-se como esta tradição foi passando de geração em geração, até se perder, escondida no fundo das arcas, dos baús e dos enxovais de família, no séc. XX. E que agora, impulsionando a economia do concelho, percorre o mundo.
Chegados os anos 80, e graças à acção de mulheres como Maria do Carmo Rocha, na freguesia de Aboim da Nóbrega, local onde mais exemplares foram recolhidos, das irmãs Alice e Conceição Pinheiro ou Maria do Céu Vilhena, é que se dá início ao processo de recolha e valorização deste património, até à criação, em 1988, da a cooperativa Aliança Artesanal.
O diário conta ainda com estes “segredos, íntimos e intransmissíveis”, “verdadeiras cartas de amor” e “alguns até de desamor”, outrora esquecidos em arcas e fechados em baús de família se tornaram um dos motores económicos do concelho.
Chegaram à Lisboa, Vista Alegre ou TAP e ‘voaram ‘para além-fronteiras. Júlia Fernandes conta que até mesmo espanhóis e cidadãos de outras nacionalidades se casam com o tema do Lenço de Namorado de Vila Verde.
Fernando Gualtieri (CP 7889)