Seis Juntas de Freguesia associaram-se ao movimento de Cidadania Contra a Indiferença, que a partir deste sábado promove a campanha ‘Diálogos com a Democracia’ com o objectivo combater a crónica abstenção e fomentar a cidadania activa.
Ricardo Silva (JF de São Victor – Independente), Miguel Pires (UF S. Lázaro e S. João do Souro – PSD), Daniel Pinto (JF – PSD), Luís Pedroso (UF Maximinos, Sé e Cividade – CDS), Carina Teixeira (UF Ferreiros e Gondizalves – PS) e Francisco Silva (UF Real, Dume e Semelhe – PS), foram os autarcas que esta sexta-feira se juntaram ao movimento cívico.
Paulo Sousa, mentor do movimento, considerou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que adesão das juntas tem uma “carga simbólica d muito peso”, até por que no seu conjunto representam mais de 100 mil eleitores, metade dos inscritos no concelho.
“Esta adesão reflecte a vontade destas autarquias de estar contra a indiferença, contra a abstenção e ao lado de uma cidadania activa, questões que merecem cada mais a nossa preocupação”, sublinhou.
Para o antigo jornalista, a adesão é ainda “um sinal muito importante” de “sensibilização para os dos mais importantes actos da democracia – o voto”.
Esta juntas unem-se, assim, ao sector empresarial, às comunidades escolares e diferentes associações, nomeadamente a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), que dias antes davam também o seu ‘sim’ à campanha ‘Diálogos com a Democracia’.
Apesar das suas diferenças ideológicas, os autarcas concordam que “é possível mudar o paradigma”, combatendo a “combater a iliteracia política” e promover a cidadania activa.
Contudo, alertam para que o exemplo “tem que vir de cima”, da classe política, sobretudo dos partidos. “Debates nas televisões que mais parecem combates de pugilismo, não”.
Este afastamento, referem, mede-se pela abstenção nas diferentes eleições, com as Autárquicas a levar mais eleitores às urnas. Ou seja, quando o que está em causa um autarca – “com toda a sua proximidade do eleitor” – e não um partido, a abstenção diminui.
Curiosamente, não têm qualquer tabu sobre o recurso ao voto electrónico como estratégia para diminuir a abstenção. Consideram mesmo que esta é uma matéria que “deve ser posta na agenda política” e discutida para que “depois de conhecer os prós e contras, o país tome uma decisão informada”.
FERRAMENTAS
Reconhecendo que a problemática da abstenção e da participação política dos cidadãos “é um problema transversal” aos seus territórios, estas Juntas de Freguesia comprometem-se a desencadear “acções concretas” para incentivar o exercício da cidadania nas suas comunidades, a começar pelo mais jovens.
Os autarcas apontam, por exemplo, o trabalho junto da comunidade escolar como “essencial” para formar os mais novos a “serem cidadãos responsáveis e proactivos”.
Campanhas de informação a utilização dos meios digitais das freguesias para o esclarecimento, incentivando que “todos possam a estar esclarecidos no momento do fazerem a sua opção pelas diferentes candidaturas, são as ferramentas que a juntas poem ainda ao serviço da campanha.
CAMPANHA
A campanha ‘Diálogos com a Democracia arranca este sábado e termina no dia 22, uma semana antes das eleições Legislativas, a 30.
Dia 15, partidos políticos contactam de forma directa com os eleitores através de pequenas bancadas no centro da cidade
No dia 17, as associações empresariais de Braga e do Minho lançam a sua campanha nas redes sociais.
A partir do mesmo dia, início debates nas escolas secundárias D. Maria II, Alberto Sampaio, Maximinos, Carlos Amarante e Sé de Miranda.
No dia, a AAUM lança uma campanha na rua, complementada com publicações nas suas redes sociais
No dia 21, as candidaturas unem-se num apelo ao voto em conferência de imprensa.
A partir do dia 22, entram em cena os meios de comunicação social com a campanha de apelo ao voto.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)