Os candidatos do Bloco de Esquerda (BE) José Maria Cardoso e Alexandra Vieira – primeiro e segundo da lista do partido pelo círculo de Braga e deputados na Assembleia da República – visitaram, na manhã desta quarta-feira, a Escola Secundária de Amares.
O convite, endereçado pela Associação de Estudantes da Escola, resultou numa visita às instalações do estabelecimento de ensino na companhia de alguns elementos da Associação, da direcção da escola e ainda da Associação de Pais, por forma a auscultar e compreender a actual situação da Secundária.
Segundo Alexandra Vieira, é “urgente a requalificação desta escola”, pelo que esta “representa em termos de proximidade à população discente de Amares, à construção de identidade e no contributo para a coesão territorial”.
“É uma escola que deve ser estimada, preservada e entendida como um bem comum para o concelho de Amares. O que constatamos actualmente é que desde que esta foi criada, em 1985, nunca foi alvo de uma intervenção no sentido de reabilitação. Sabemos que houve a remoção de algum amianto, mas falta ainda remover aquele que está no telhado. É uma urgência”, atirou a candidata bloquista, prosseguindo: “Tivemos oportunidade de visitar o espaço e verificamos que há problemas de infiltração de água em algumas salas de aula. A tubagem de água potável precisa urgentemente de ser substituída e isso pode até causar problemas de saúde aos elementos da comunidade escolar”.
Outras problemáticas levantadas foram a “questão energética”, os “equipamentos informáticos” e a “ligação à internet”.
“A questão energética também é relevante. Não há como aquecer no Inverno e como refrigerar no Verão. Há problemas de caixilharia”, disse, acrescentando, “temos ainda o caso da ligação à internet. A rede aqui já não tem capacidade para tantos utilizadores e mesmo o equipamento informático é já muito antigo”.
“ESCOLA MERECE OUTRA ATENÇÃO”
Para Alexandra Vieira, trata-se de uma “escola que tem uma dinâmica muito interessante. Os alunos gostam de cá estar, dos professores, da relação professor-aluno e do modo como aprendem. Não querem, de todo, ir para Braga. No entanto, muitos deles optam por fazê-lo porque as condições são de facto degradantes. Esta escola deveria ter entrado no rol das escolas que foram reabilitadas no âmbito da Parque Escolar mas isso não aconteceu. Até ao momento, encontra-se a aguardar e ninguém sabe qual será o futuro”, referiu.
“Deve-se dizer que pese embora as condições físicas estarem degradadas, esta é uma escola com muita dinâmica ao nível de projectos, iniciativas, trabalho de inclusão, trabalho de integração de minorias. Faz-se muito bom trabalho aqui, de qualidade, de formação de cidadania. Por isso, também merece outra atenção relativamente às condições físicas em que se encontra”, concluiu.
Pedro Nuno Sousa (CP 7972-A)