Carla Cruz defendeu, esta quarta-feira, em Barcelos, a criação de um laboratório nacional do medicamento e o reforço “generoso” dos meios humanos e financeiros do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
No encontro que manteve com a direcção da Casa de Saúde de Barcelos -uma instituição quase centenária da área da saúde mental-, a cabeça-de-lista da CDU às Eleições Legislativas pelo distrito de Braga defendeu, além do alargamento da comparticipação integral de medicamentos a doentes crónicos e com mais de 65 anos de idade, a criação de laboratório nacional do medicamento, “aproveitando os recursos públicos do já existente laboratório militar”.
“Na área da saúde mental, este tipo de medidas teria um importante impacto no acesso a medicamentos anti-psicóticos de nova geração, mais caros, e mesmo na garantia da continuidade de produção das versões mais típicas – e mais baratas – destes medicamentos”, acrescentou.
“Muitas das vezes, estes medicamentos mais típicos continuam a ser a melhor solução para alguns doentes, mas deixaram de ser tão apetecíveis, quando comparados com os medicamentos mais recentes, para a indústria farmacêutica”, considerou Carla Cruz, que se fazia acompanhar pelos candidatos Mário Figueiredo e Bárbara Barros, do PCP, e Fernando Sá, do PEV.
ACESSO A MEDICAMENTOS
Sobre o SNS, a deputada comunista entende que “só com um reforço generoso de meios financeiros e humanos se pode fazer cumprir a Lei de Bases da Saúde e, em concreto, o Plano Nacional de Saúde Mental”.
A CDU denunciou que “muitos utentes com baixas reformas ou sem nenhum tipo de rendimento, dependentes do agregado familiar que, por sua vez, também aufere baixos rendimentos, ficam sem poder aceder ou continuar as suas terapêuticas”.
A candidatura PCP/PEV reafirmou o seu compromisso com a construção do novo Hospital em Barcelos. Os candidatos consideram a ligação entre as várias instituições de saúde que trabalham em rede de “extrema importância”, bem como “o constante investimento e melhoramento de cada uma delas”.