A situação do Centro de Hemodinâmica, que está instalado há três anos no Hospital da Senhora da Oliveira, mas que não funciona por questões burocráticas, foi esta terça-feira apontada pelo PSD como sendo “um dos reflexos mais flagrantes e negativos do colapso no Serviço Nacional de Saúde”.
Em visita ao Hospital de Guimarães, o cabeça-de-lista dos candidatos a deputados pelo PSD de Braga, André Coelho Lima, não escondeu a sua indignação, perante um processo para o qual já apelou por diversas vezes ao bom senso do Ministério da Saúde e dos responsáveis do Governo do PS, mas sem sucesso.
Aliás, o município de Guimarães, de maioria socialista, também não tem conseguido melhor sorte.
“É uma situação absolutamente inadmissível. Ainda para mais, quando é uma estrutura que não foi paga pelo Estado. A comunidade vimaranense, que paga o Serviço Nacional de Saúde com os seus impostos, ofereceu a este hospital o laboratório de hemodinâmica, que é de topo”, recordou Coelho Lima.
MINISTÉRIO NÃO QUIS
Entretanto, este laboratório – como frisou o líder social-democrata – “está há três anos impedido de funcionar, porque o Ministério da Saúde não quis colocar o Hospital de Guimarães na rede nacional de referenciação” para este serviço de cardiologia, equipada para exames diagnósticos e terapêuticos através da instalação de cateteres no sistema vascular.
“É inadmissível. É intolerável. As pessoas que foram solidárias, que se esforçaram e deram os seus donativos, merecem mais respeito. E, acima de tudo, os utentes merecem o tratamento que este laboratório disponibiliza”, defendeu André Coelho Lima, no final de uma reunião com a administração do hospital, em que esteve acompanhado pelo também candidato a deputado Bruno Fernandes.
O caso do Hospital de Guimarães é, “infelizmente”, mais uma situação a juntar a “tantas outras com que os portugueses têm de lidar todos os dias para aceder aos serviços de saúde”, como quando aguardam meses e anos por uma intervenção cirúrgica ou por uma primeira consulta no SNS.
Por isso mesmo, o PSD pretende alargar o sistema SIGIC das listas de espera para cirurgias às consultas de especialidades médicas hospitalares e aos meios complementares de diagnóstico e terapêutica.
Luís Moreira (CP 7839 A)