A decisão sobre a proposta da retirada da confiança política a Joacine Katar Moreira foi adiada, este sábado, no primeiro dia do IX congresso do partido. Com uma diferença de dois votos, a decisão fica agora a cargo na nova Assembleia do Livre, que vai ser eleita durante o fim-de-semana.
A decisão foi incentivada por alguns membros, nomeadamente por Ricardo Sá Fernandes e pelo fundador Rui Tavares.
“Em nenhum partido democrático do mundo se exclui ou se retira a confiança política sem ouvir o partido”, afirmou Ricardo Sá. Durante o seu discurso defendeu que “se oiçam argumentos, que se pratique mediação, que se chame o conselho de jurisdição e que se trate isto com bom senso e espírito democrático”.
O membro do Conselho de Jurisdição, lamentou a “injustiça” praticada contra a deputada Joacine e também não ter sido consultado acerca da resolução elaborada pela 42.ª Assembleia do partido.
“Sou do partido do Rui Tavares, do Rafael, do Pedro Mendonça, da Joacine Katar Moreira e só me sinto bem se for deles todos”, acrescentou, apelando a um consenso.
O fundador Rui Tavares pediu que o IX Congresso do partido não seja monopolizado pela questão da retirada da confiança política a Joacine Katar Moreira e apelou à “firmeza” na defesa dos princípios do Livre.
“O Livre prefere ser fiel aos seus princípios do que manter quaisquer cargos políticos”, afirmou o fundador, na sua primeira intervenção sobre a resolução, desde que foram conhecidas as considerações da 42.ª Assembleia do partido.
Rui Tavares acredita que os próximos órgãos, nomeadamente a assembleia, irão concluir o processo de forma “justa”, “transparente” e mais “humana”.
Relembrou os pilares ecológicos e europeus do partido e incentivou ao debate “com transparência e frontalidade”.