Pelo menos 260 pessoas ficaram feridas este domingo em confrontos na fronteira da Macedónia, segundo os Médicos Sem Fronteiras. Polícia macedónia nega ter usado balas de borracha.
Cerca de “200 pessoas foram socorridas pela nossa unidade médica com problemas respiratórios, 30 por ferimentos de balas de borracha e 30 por outros ferimentos”, disse à agência France Presse Achilleas Tzemos, responsável daquela organização não-governamental no campo de Idomeni.
Inicialmente, Tzemos tinha declarado à AFP que “dezenas de pessoas” tinham ficado feridas, “sobretudo com problemas respiratórios” e que três tiveram de ser transportadas para o hospital de Kilkis, uma cidade próxima de Idomeni.
Os incidentes começaram ao final da manhã quando cerca de 500 migrantes se concentravam junto à barreira fronteiriça para pedir a abertura da fronteira e alguns tentaram forçar a cerca e lançaram pedras contra os polícias macedónios. Os incidentes duraram várias horas.
A polícia macedónia utilizou gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento, mas negou ter usado balas de borracha.
Mais de 11.000 migrantes estão acampados há um mês e meio em condições miseráveis em Idomeni, no norte da Grécia, e manifestam-se quase diariamente pela abertura da fronteira, fechada desde o início de Março, no quadro do bloqueio da designada “rota dos Balcãs” utilizada pelos refugiados para alcançarem os países do norte da Europa.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, mostra-se indignado. “Esta é uma enorme vergonha para a civilização europeia e para os países que querem fazer parte da civilização europeia, e estou a aguardar que as autoridades europeias, organizações internacionais e Alto Comissário das Nações Unidas para os refugiados que se pronunciem sobre o que aconteceu ontem”, afirmou Tsipras.
FG(Cp 1200) com agências