O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, condenou esta terça-feira a adopção, pela União Europeia (UE), de novas sanções contra a Venezuela e acusou a instituição de querer “meter o nariz” nos assuntos internos do seu país.
“Aí vemos um comunicado dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, que de maneira insolente pretende meter o nariz na vida interna da República bolivariana da Venezuela e repetem mentiras insolentes”, disse.
Nicolás Maduro falava durante um conselho federal de Governo, transmitido pela televisão estatal venezuelana.
Segundo o Presidente da Venezuela, a partir da Europa olham para os venezuelanos “por cima do ombro”, mas “a Venezuela não é colónia de ninguém”.
“A Venezuela deve dizer: fora daqui a União Europeia. Já chega de intromissão”, frisou, insistindo que a Venezuela é um país democrático, que nos últimos 19 anos realizou 24 eleições, quatro delas em nove meses.
Por outro lado, num comunicado divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores da Venezuela, o Governo “condena energicamente” a posição da UE sobre as eleições presidenciais de 20 de Maio último.
“A UE confirma a sua atitude de ingerência e hostil (…) resultado da evidente subordinação à errática política externa da administração de Donald Trump [Presidente dos EUA] para a Venezuela”, considerou.
Em 20 de Maio, Nicolas Maduro venceu as eleições presidenciais antecipadas na Venezuela, com 68% dos votos, muito à frente dos seus concorrentes, mas com 54% de abstenção.
A oposição boicotou a votação e denunciou a existência de fraude no escrutínio.