O Presidente eleito da Venezuela, Nicolas Maduro, disse que o seu país não precisa de ajuda humanitária, porque não há fome, e garantiu que milhões de imigrantes procuram anualmente o país, numa entrevista divulgada esta terça-feira pela BBC.
Maduro afirmou que a Venezuela “tem toda a capacidade de satisfazer as necessidades do seu povo”, culpando as sanções impostas pelos EUA pelas dificuldades sentidas em sectores da população.
“A Venezuela não é um país com fome”, afirmou Nicolas Maduro, numa entrevista divulgada pela televisão britânica BBC, recusando aceitar as informações de diversas agências internacionais segundo as quais mais de dois milhões de pessoas sairiam do país, nos últimos anos, devido às enormes dificuldades para sobreviverem.
“Os números oficiais dizem que não mais de 800 mil pessoas saíram do país, nos últimos dois anos, por razões económicas”, atirando as responsabilidades dessa fuga para a pressão internacional e para as sanções de que o país tem sido alvo.
“Essa campanha da emigração na Venezuela tem sido exagerada. A Venezuela é um país que recebe imigrantes, mas vocês não dizem isso, não mostram isso”, afirmou o Presidente eleito da Venezuela.
“Há mais de dez milhões de imigrantes a chegar à Venezuela, todos os anos”, declarou Nicolas Maduro.
Por isso, o Presidente eleito repetiu que não permitirá a ajuda humanitária à Venezuela, considerando que é uma porta de entrada para uma intervenção militar dos EUA, e acusou o governo norte-americano de “gangue de extremistas”.
Nicolas Maduro afirmou a esperança de que o “gangue de extremistas na Casa Branca seja derrotado por uma poderosa opinião pública mundial”.
O Presidente eleito da Venezuela continua a dizer que a ajuda humanitária enviada pelos EUA, com comida e medicamentos, é apenas “uma charada” e um pretexto para uma intervenção militar que está determinado a não permitir.
“Não queremos migalhas, alimentos tóxicos, restos de comida”, afirmou Maduro, referindo-se aos camiões de ajuda humanitária oriunda dos EUA que se encontram estacionados na Colômbia à espera de autorização para entrar na Venezuela.
FG (CP 1200) com Sapo24