Tráfico de estupefacientes na forma agravada. É este o crime que impende sobre duas mulheres, mãe e filha, residentes no Bairro Social de Santa Tecla e que vai ser julgado em julho no Tribunal de Braga.
A acusação envolve, ainda, três outros arguidos, um por tráfico de estupefacientes na forma menor (também filho da principal arguida) e os outros dois por posse de arma proibida.
A acusação diz que Maria Ximenes, de 67 anos, conhecida como Carmela e a filha, de nome Sara, se dedicavam a vender cocaína e heroína, em ‘pacos’ de cinco e dez euros, a toxicodependentes que recebiam no apartamento em Santa Tecla.
A PSP de Braga fez duas rusgas domiciliárias à casa e encontrou três toxicodependentes a consumir, tendo apreendido vários pacotes de droga e uma televisão (led) que havia sido furtada por um toxicodependente, arguido no processo, na Santa Casa da Misericórdia de Amares. Está, por isso, acusada do crime de recetação. O larápio, Hugo Silva, residente em Maximinos, Braga, furtou a tv, dois computadores portáteis e uma impressora, na Santa Casa, e vendeu-os à arguida por 60 euros (em ‘pacos’ de droga), apesar de valerem 2435 euros.
A Polícia detetou, ainda, a arguida Sara a apanhar um embrulho com droga e dinheiro, no jardim de uma rotunda ao lado do hipermercado Continente.
O processo sublinha que a Fernanda havia sido condenada a seis anos de prisão por tráfico, tendo cumprido cinco anos e oito meses. Vai ser julgada como reincidente.
Para além de uma eventual sanção penal, as duas arguidas correm o risco de ser despejadas do apartamento que lhes está alugado pela empresa municipal BragaHabit, sanção prevista no Regulamento de utilização para quem cometa crimes usando a habitação.
Luís Moreira (CP 8078)