O Tribunal da Relação do Porto decretou prisão preventiva para dois empresários de origem chinesa, suspeitos de liderar uma associação criminosa dedicada ao contrabando de meixão, também conhecido como enguia juvenil.
A decisão reverteu uma anterior deliberação do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, que decidira libertar os arguidos por entender que não havia indícios suficientes de crime organizado.
Estes dois empresários, juntamente com outros dois que foram colocados em prisão domiciliária, foram detidos em Fevereiro de 2023, no âmbito de uma operação conjunta da Polícia Marítima e da Polícia Espanhola.
Proprietários de lojas em Guimarães, Amares e Braga, os indivíduos estavam a ser investigados por suspeitas de contrabando de meixão, que se estima ter gerado lucros superiores a dois milhões de euros entre Outubro de 2020 e Fevereiro de 2023, com a apreensão de cerca de 380 quilos da espécie.
O meixão traficado era armazenado em Delães, no concelho de Vila Nova de Famalicão, antes de ser enviado, via Senegal, para o Oriente, onde tem um grande valor de mercado.
Pescadores de Esmoriz e Gaia terão estado envolvidos no esquema, ao venderem o meixão a intermediários que transportavam o peixe até ao aeroporto ou para fora do país.