A migração para a Alemanha não levou a uma maior taxa de criminalidade nos locais de acolhimento, é o que demonstram as avaliações por distrito do Instituto alemão Ifo.
“O mesmo se aplica, em particular, às pessoas que procuram protecção”, afirma o investigador Jean-Victor Alipour. “Os resultados estão em linha com as conclusões de pesquisas internacionais, segundo as quais a migração não tem influência sobre a criminalidade no país de acolhimento”, acrescenta.
De acordo com os especialistas não há ligação estatística entre a proporção regional de estrangeiros e a taxa de criminalidade.
“A suposição de que os estrangeiros ou pessoas que procuram protecção têm uma propensão maior ao crime do que os nativos não é sustentável”, sublinha o investigador Joop Adema.
Mesmo no caso de crimes particularmente graves, como homicídios ou agressões sexuais, o estudo não fornece uma correlação estatística com uma proporção crescente de estrangeiros.
As medidas sensatas seriam, por exemplo, o reconhecimento mais fácil das qualificações estrangeiras e a distribuição dos pedidos de asilo de acordo com a procura regional de mão de obra.
“Assim, os migrantes receberiam propostas de trabalho mais rapidamente e a procura por mão de obra especializada poderia ser realizada de forma mais direccionada”, diz Alipour.
Com Jornal Económico