Os deputados prometem levar à próxima reunião da conferência de líderes as polémicas palavras do líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, que, esta quinta-feira, num debate na RTP 3 defendeu que o país estaria “mais em ordem” caso “os polícias disparassem mais a matar”, avançou a TSF.
Embora as palavras tenham sido proferidas fora do contexto parlamentar, num debate televisivo, o PS recusou iniciar a sessão plenária desta quinta-feira sem colocar o assunto em cima da mesa. Pedro Delgado Alves, citado pela TSF, alertou que “as declarações atentam ao Estado de Direito” e são “graves até pelo momento em que o país atravessa”.
Pedro Pinto defendeu-se, dizendo: “Aquilo que se passou ontem [quarta-feira] foi, apenas, uma simples suposição e com algum tipo de ironia.”
Já o social-democrata Hugo Soares deixou um apelo aos deputados para que “não sublinhem o disparate” que “fomenta o populismo e alimenta o ódio”.
“Não sublinhemos o disparate, não sublinhemos aquilo que não diz nada à vida das pessoas a não ser fomentar o populismo, alimentar o ódio e fazer crescer o ruído à volta de uma questão que merece ser tratada com seriedade”, atirou o politico de Braga.
Mas o assunto não ficou circunscrito à sala das sessões, da sessão plenária desta quinta-feira. Os deputados concordam que as polémicas palavras devem ser levadas à próxima reunião entre os líderes parlamentares.