Foi criado um evento no Facebook, a marcar um protesto nacional, ao género dos “coletes amarelos”, em França, para o dia 21 de Dezembro em Portugal.
O evento ‘Vamos Para Portugal Como Forma DE Protesto’, criado há dias no Facebook e que convoca todos os portugueses para se manifestarem nas ruas, já tem perto de nove mil perfis a confirmarem presença e mais de 36 mil a indicar que “têm interesse” em participar.
A convocatória é para as 07 horas do próximo dia 21, e já há várias cidades com páginas próprias no Facebook, onde as pessoas organizam os locais de encontro e programam a manifestação que, segundo os organizadores, deverá acontecer de norte a sul do país.
Um dos organizadores publicou um vídeo na página do movimento, onde informa os interessados que haverá uma reunião este fim-de-semana para “tentar organizar a manifestação, que está a crescer, e a ter uma enorme adesão”.
O responsável salienta na mesma publicação que o movimento não apoia nenhum partido e que “apenas estão revoltados com a situação do país” e apela a que todos tenham “calma”, “nada de violência”.
No que diz respeito à Polícia, “vão apenas fazer o trabalho deles, porque estão na nossa situação, se não fizermos nada de mal, não vai acontecer nada”, salienta, concluindo que “todos temos de fazer qualquer coisa pelo nosso país”.
Na descrição do evento, os organizadores começam por lembrar que “somos um dos países que recebe menos, e paga mais impostos e ficamos caladinhos como sempre.”
E numa alusão ao movimento francês “coletes amarelos”, acrescentam que “temos países a receber o dobro de nós, e assim que existe algo que não agrade, reclamam, exigem, protestam até serem ouvidos, e Nós Portugueses??? Chega, vamos dizer basta ao aumento dos combustíveis, portagens e tudo o resto que está mal!”.
Recorde-se que em França, este movimento dos “coletes amarelos” nasceu espontaneamente, à margem dos partidos e sindicatos, que inicialmente protestaram contra a grande carga de impostos e perda do poder de compra mas depois alargou o descontentamento em relação a várias medidas do Presidente francês, Emmanuel Macron.
Fonte: Jornal Económico