O Presidente da República revelou, este domingo, que o ministro dos Negócios Estrangeiros lhe garantiu que o navio Nysted Maersk atracado no porto de Lisboa não transportava qualquer tipo de armamento.
Marcelo Rebelo de Sousa manifestou-se “mais descansado” em relação às informações dadas pelo Governo.
“O que se passa é que foi pesquisado tudo em pormenor e não se encontrou nada relacionado com armamento naquilo que foi descarregado em Lisboa, não houve carregamento em Lisboa”, disse o chefe de Estado este domingo à tarde.
“Há sim algum trânsito, mas é para os Estados Unidos, não é para Israel e, naquilo que foi descarregado, não havia traço de arma, nem houve carregamento de arma”, acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que o ministro Paulo Rangel explicou que o mesmo navio “parou em vários portos” de Espanha e de Marrocos, países cuja posição sobre os conflitos internacionais “é muito conhecida”.
Em comunicado divulgado no sábado, o Governo português justificou a autorização dada para a acostagem do navio com o facto de não transportar “qualquer carga militar, armamento ou explosivos” e descreve detalhadamente a carga, em que se incluem “três contentores com componentes de aviões (peças de asas) com destino aos EUA”.