A Marinha Portuguesa resgatou perto de três centenas de migrantes ilegais, que atravessavam o mar Mediterrâneo em direção à ilha italiana de Lampedusa.
Num comunicado, a Marinha Portuguesa adianta que 296 migrantes seguiam, esta quinta-feira, em três embarcações “sobrelotadas e sem coletes salva-vidas” e que foram resgatados pela fragata portuguesa D. Francisco de Almeida, em coordenação com outros meios marítimos da Agência Europeia de Fronteiras e Guarda Costeira FRONTEX.
Os militares portugueses prestaram primeiros socorros e forneceram alimentos aos migrantes, que foram entregues às autoridades italianas.
Entre os resgatados encontravam-se 79 menores (dos quais, três eram bebés e quatro eram crianças com menos de 7 anos) e 33 mulheres, algumas das quais grávidas.
Os migrantes eram, na sua maioria, tunisinos, existindo ainda elementos de outros países como Costa do Marfim, Marrocos, Líbia, Argélia, Mali, Palestina e Camarões, indica a Marinha, no comunicado divulgado esta sexta-feira.
“A Marinha portuguesa participa na operação THEMIS, no Mediterrâneo central, até ao próximo dia 5 de Junho de 2018, em apoio à FRONTEX. Esta missão tem como objectivo controlar a rota de migração irregular em direcção às fronteiras externas da União Europeia e apoiar o combate ao tráfico de seres humanos e das redes criminosas transnacionais no Mediterrâneo central, bem como realizar operações de busca e salvamento em massa para que se evite a perda de mais vidas humanas nesta área do Mediterrâneo”, informa a Marinha.
Segundo dados estatísticos da agência europeia FRONTEX, durante este ano, foram já resgatados do mar cerca de 11 mil migrantes que tentavam chegar à Europa, a partir da costa do Norte de África.