O Theatro Circo, em Braga, recebe esta sexta-feira e sábado a BRG Collective #1, uma iniciativa dedicada às novas artes digitais e que conjunta artistas bracarenses e residentes em Braga.
“É já conhecida a candidatura da cidade de Braga às Cidades Criativas da UNESCO na área das media arts, mas para entendermos melhor o conceito, devemos dizer que o mesmo está directamente relacionado com o processo de criação de uma obra de arte acompanhada das novas tecnologias, onde estão incluídas as artes visuais, a arte interactiva, os vídeo-jogos, a robótica, a arte digital e a animação, entre outros. Em grande parte dos casos a dita arte contemporânea repousa nesta forma de criação”, explica a organização”.
“Na sexta e no sábado, Braga torna-se na capital nacional da arte vanguardista sempre com os olhos na possibilidade de se tornar parte da grande teia artística (e não só) que as Creative Cities da UNESCO representam”, acrescentam os mentores do evento.
Por detrás desta criação está o colectivo BRG Collective que premeia a exploração sonora, visual e a arte digital. São eles António Rafael (música), Joana Gama (música), João Martinho Moura (arte digital), Luís Fernandes (música), Manuel Correia (fotografia) e Miguel Pedro (música), muitas vezes colaborando entre si e com outros convidados. Iniciaram a sua actividade em 2014 com concertos e exposições em Nova Iorque, no Rio de Janeiro e em Praia, Cabo Verde.
No dia 30, sexta, a sala principal irá acolher os projectos nan: collider (21h30), brg05072016 (22h15) e Palmer Eldritch(23h00). Nan:collider é o projecto de colaboração entre o músico António Rafael (músico de Mão Morta) e o artista visual João Martinho Moura que exploram ambientes visuais e sonoros a partir de resultados de investigações científicas.
O projecto brg05072016 junta a pianista Joana Gama e o fotógrafo Manuel Correia na exploração musical de um retrato sonoro de um espaço de Braga, no dia 6 de Julho de 2016, parte integrante da peça de Tiago Cutileiro – For E-Bowed Piano, Melódica and Field Recording.
Palmer Eldritch é o alter-ego do duo Luís Fernandes (peixe:Avião) e Miguel Pedro (Mão Morta) onde procuram aqui explorar a música electrónica através do recurso a texturas microscópicas e sintetizadores com ambientes de outras galáxias.
No dia 1 de Outubro, a sala principal do Theatro Circo está entregue a dois projectos – All flesh is grass (21h30) eLandforms (22h30).
All flesh is grass é o primeiro projec to elec trónico do músico Miguel Pedro, com inspiração em Douglas Hofstadter, partindo do conceito de ‘strange loop’, utilizando polirritmias, misturando compassos e ciclos temporais rítmicos.
Landforms é o mais recente projecto de Luís Fernandes que em 2016 editou dois discos, Decay e Slightly Edited Generative Music and Feedback Loops, baseados em técnicas de composição com sintetizadores modulares.
Os trabalhos permanentes que decorrem também entre o dia sexta e sábado, das 14h30 e as 18h30 (entrada livre), ocupando várias salas do Theatro Circo, figurando alguns trabalhos como o de Manuel Correia – Por outro lado a sombra dita a luz – uma exposição de fotografia e instalação de vídeo, tem lugar no Salão Nobre.
Também são apresentados os trabalhos de Miguel Ogoshi – In transit on television, tuned to a dead channel – instalação apresentada na Sala Fumo do piso 0, a instalação de Rui Dias – My Jazz Band – na Sala de Fumo do piso 2 e para terminar a projeção de filmes e exposição de trabalhos pelo IPCA (entidade convidada) no pequeno auditório.
Bilhetes diários a 2 euos e bilhetes a 3 euros para os dois dias, disponíveis em www.theatrocirco.bol.pt, na bilheteira do Theatro Circo, lojas Fnac e estações CTT aderentes
Esta iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal de Braga, da Direção Regional Norte e da rádio Antena 3.
FG (CP 1200)