Os medicamentos não sujeitos a receita médica continuam a ser mais baratos nos hipermercados do que nas farmácias, com preços 13% mais reduzidos num conjunto de 24 fármacos analisados pela associação de defesa do consumidor Deco.
A Deco/Proteste analisou o preço de 24 medicamentos não sujeitos a receita médica em farmácias e nos espaços saúde dos hipermercados, comparando preços de analgésicos, xaropes para a tosse ou antigripais e anti-histamínicos.
Conclui que o conjunto desses 24 medicamentos é 13% mais barato nos hipermercados do que nas farmácias, segundo o estudo que vai ser publicado na próxima edição da revista Teste Saúde e a que a agência Lusa teve acesso.
Apesar de serem mais baratos nos hipermercados, as farmácias continuam a ser as preferidas dos consumidores e detêm uma fatia de quase 80% das vendas dos remédios não sujeitos a receita.
“Desde que a venda de medicamentos não sujeitos a receita foi permitida fora das farmácias, em 2005, e o seu preço deixou de ser fixado pelo Estado, os nossos estudos têm demonstrado, de forma consistente, que as farmácias têm o preço médio mais elevado”, refere a Deco.
Do grupo dos medicamentos mais vendidos desde 2005, só 11 se mantiveram mas o preço aumentou quase 40%, ao contrário dos fármacos sujeitos a receita, cujos preços têm vindo a diminuir.
O conjunto dos 24 medicamentos analisado custa, em média, 118,50 euros nos hipermercados, 134,17 euros nas parafarmácias e 134,37 nas farmácias.
As farmácias são os espaços que apresentam, segundo a Deco, maior variação de preços para o mesmo medicamento: em muitos casos foram encontrados nas farmácias os preços mais baixos e os preços mais altos.
Os preços foram recolhidos pela Deco entre Junho e Julho deste ano num total de 206 farmácias, 92 parafarmácias e 69 lojas de hipermercados que responderam. No total foram recolhidos 8.935 preços em 308 estabelecimentos.
FG (CP 1200) com Renascença