Um membro da Força Aérea dos Estados Unidos ateou fogo ao corpo em frente à embaixada de Israel em Washington no domingo, afirmaram as autoridades. A imprensa local informa que foi um acto de protesto contra a guerra em Gaza.
As equipas de emergência chegaram ao local pouco antes das 13h00 (18h00 em Lisboa), em resposta a uma chamada quanto a uma “pessoa em frente à embaixada de Israel”, informou uma mensagem na rede social X do corpo de bombeiros da capital norte-americana.
Quando chegaram, os bombeiros viram que o incêndio já havia sido apagado pelos agentes do Serviço Secreto, a agência da lei responsável por proteger as autoridades políticas do país, os chefes de Estado visitantes e outras autoridades.
Os bombeiros informaram que o homem foi levado para o hospital com “ferimentos graves e potencialmente fatais”.
Um porta-voz da Força Aérea confirmou à AFP que o homem é um integrante da activa da instituição, mas não revelou mais detalhes.
Uma fonte da embaixada israelita afirmou que nenhum funcionário ficou ferido no incidente e que o homem era “desconhecido” para eles.
A imprensa local informou que o homem, que estava de uniforme, aparentemente estava a transmitir o ‘protesto’ ao vivo na Twitch e que terá declarado que “não será cúmplice de genocídio”, antes de atirar um líquido sobre o próprio corpo. Em seguida, ateou-se com fogo, enquanto gritava “Palestina Livre!”, antes de cair no chão.
A AFP não conseguiu verificar a autenticidade de um vídeo. O jornal “The New York Times” informou que a gravação foi retirada da Twitch.
O acto chocante aconteceu no momento em que os protestos aumentam nos Estados Unidos contra as acções de Israel em Gaza, onde o país trava uma guerra de represália após o ataque sem precedentes executado no seu território pelo grupo islâmico palestiniano Hamas em 7 de Outubro.
No dia, os milicianos mataram 1.160 pessoas, a maioria civis, e sequestram 250, segundo um balanço da AFP baseado em dados divulgados pelas autoridades israelitas.
O número de mortos em Gaza pela resposta de Israel aproxima-se dos 30.000, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, território governado pelo Hamas, o que aumenta a pressão internacional sobre o governo dos Estados Unidos para controlar Israel, o seu aliado, e obter um cessar-fogo.
Com MadreMedia