O ex-presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado e cinco ex-vereadores socialistas foram acusados pelo Ministério Público de Braga dos crimes de participação económica em negócio e abuso de poder por causa do chamado “negócio das Convertidas”.
De acordo com informações avançadas pelo JN, inicialmente, os ex-autarcas – o ex-presidente, e também Vítor Sousa, Hugo Pires, Palmira Maciel, Ana Paula Morais e Ilda Carneiro – eram, também, suspeitos da prática do crime de prevaricação, – de moldura penal mais grave – mas o DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) de Braga entendeu não haver indícios fortes desse crime.
Hugo Pires e Palmira Maciel são, atualmente, deputados do PS, na Assembleia da República. Ambos se prontificaram a ser ouvidos, abdicando da imunidade parlamentar.
Uma outra fonte, próxima dos arguidos, disse que a acusação não envolve suspeitas de corrupção.
O inquérito visou a compra, por expropriação, por três milhões, de três edifícios anexos ao chamado Convento das Convertidas, na avenida Central. Os três imóveis pertenciam a uma firma do genro de Mesquita Machado e só na véspera de a Câmara os ter adquirido é que foram vendidos a uma imobiliária local, a ImoDuarte. Os vereadores votaram favoravelmente a compra das três casas – no centro de Braga.
Todos eles se dizem inocentes e sem temor ao resultado final do processo. Negam a prática de qualquer crime, argumentando que se tratou de uma operação legal e que não viola as atribuições do poder local. E que em nada beneficiaram com ela.
LM (CP 8078)