O ex-presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado foi esta sexta-feira de manhã ouvido na PJ de Braga no âmbito de um inquérito sobre possível gestão danosa e prevaricação, avança o JN.
Ministério Público do Tribunal de Braga está a investigar, por suspeita dos crimes de prevaricação e de gestão danosa, no contrato assinado, em 2004, entre o município e o Sporting Clube de Braga, para a gestão do novo estádio municipal, construído aquando do Euro/2004, o Campeonato da Europa de Futebol.
À saída da Directoria de Braga, o ex-autarca socialista disse ao Jornal de Notícias (edição on-line) “ter sido ouvido como testemunha” e estar, como sempre esteve, “de consciência tranquila”.
Mesquita Machado, visivelmente perturbado com a presença de jornalistas, não revelou qualquer pormenor sobre a sua inquirição, escudando-se “no segredo de justiça”.
“Estou a colaborar com a justiça e neste momento não posso dizer mais nada”, afirmou.
O inquérito deve-se ao facto de o contrato que permitia ao clube usufruir das instalações do estádio, determinar, à época, o pagamento de 500 euros mensais ao município, seis mil euros por ano, quando este arcava com as despesas de electricidade e outras, que ouvido na PJ de Braga somavam cerca de 100 mil.
Ou seja, entre os anos de 2004 e de 2013, a Câmara recebeu 54 mil euros de rendas e pagou de despesas, a favor do clube, quase 900 mil. O que pode ser visto – suspeita o MP – como favorecimento em prejuízo do erário público.
PRESSMINHO
FOTO: JOAQUIM GOMES (CP 2015)