As novas instalações do Arquivo Distrital de Braga (ADB) – Centro Interpretativo da Universidade do Minho são inauguradas esta sexta-feira, às 11 horas, na rua Abade da Loureira, no centro de Braga.
A cerimónia conta com o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, a secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Fernanda Rollo, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Fernando Freire de Sousa, o responsável da Direção Regional de Cultura do Norte, António Ponte, o reitor da UMinho, António M. Cunha, e o diretor do ADB, António Sousa, entre outros.
De tarde, às 14h30, no salão nobre da Reitoria da UMinho (a 500 metros de distância), será homenageado o professor José Marques, figura da cultura e historiografia portuguesa e com um papel destacado no estudo e na valorização dos fundos do ADB.
Esta sessão, sob o mote ‘Entre a História e os Arquivos’, junta na abertura Luís Filipe de Castro Mendes, Fernanda Rollo e António M. Cunha.
De seguida, estão previstas as intervenções da presidente da Academia Portuguesa de História, Manuela Mendonça, da diretora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Fernanda Ribeiro, e do presidente do Instituto de História e Arte Cristã, José Paulo Abreu.
O programa inclui igualmente o lançamento do livro ‘Alto Minho e Galiza – Estudos Históricos’, uma edição do Município de Melgaço e da Casa Museu de Monção coordenada pelo professor Viriato Capela, durante o qual também vai falar a vice-presidente do Conselho da Cultura Galega, Rosario Alvarez Blanco.
O encerramento cabe ao diretor do ADB e à diretora do Departamento de História da UMinho, Fátima Moura Ferreira.
SOBRE O ARQUIVO
O Arquivo Distrital de Braga, unidade cultural da UMinho, celebra este ano o centenário da sua criação, a 11 de agosto de 1917. Custodiando documentação produzida entre os séculos IX e XX, é um arquivo de caráter regional e uma referência nacional devido à riqueza dos seus fundos, que incluem, entre outros, um documento de D. Afonso Henriques de 1128 e o Liber Fidei, um cartulário do século XIII com transcrição de 953 documentos dos séculos VI a XIII.
O ADB tem como missão a salvaguarda, valorização e divulgação do património arquivístico e a prestação de um serviço público fundamental na garantia dos direitos dos cidadãos e das instituições.
Inicialmente instalado no Convento dos Congregados, encontra-se desde 1934 no Complexo Largo do Paço, o qual acolhe também a Biblioteca Pública de Braga e a Reitoria da UMinho e que está ser requalificado. A nova “casa” do ADB foi projetada por Audemaro Rocha e erigida em dez meses, num investimento de 2.8 milhões de euros, com apoio comunitário.
O edifício tem um bloco de cinco pisos com 11 depósitos numa área total de 1400 metros quadrados e capacidade para mais de 16 quilómetros de documentação.
Num outro bloco, e numa área entre os dois, funcionarão os serviços técnicos e espaços de uso público para consulta de documentos e ações pedagógicas e culturais (exposições, conferências).
O novo edifício permitirá ao ADB passar a ter um espaço para atividades técnicas inerentes à sua missão, nomeadamente na área da conservação e do restauro.
Luís Moreira (CP 8078)