Pouco passava das 6 horas da manhã quando João Soares reagiu a um artigo de Augusto M. Seabra publicado ontem no jornal Público. O Ministro da Cultura promete dar ao sociólogo um “par de bofetadas”. Vasco Pulido Valente também não escapa à ameaça. Vozes da direita à esquerda exigem a demissão do governante.
A reacção do ministro da Cultura foi publicada no Facebook esta quinta-feira às 6h12. No texto, o filho do antigo presidente Mário Soares, reagindo ao texto ‘Tempo Velho na Cultura’ do colunista, crítico e sociólogo Augusto M. Seabra, escreve:
“Em 1999 prometi-lhe publicamente um par de bofetadas. Foi uma promessa que ainda não pude cumprir. Não me cruzei com a personagem, Augusto M. Seabra, ao longo de todos estes anos. Mas continuo a esperar ter essa sorte. Lá chegará o dia. Ele tinha, então, bolsado sobre mim umas aleivosias e calunias. Agora volta a bolsar, no “Publico”. É estória de “tempo velho” na cultura. Uma amiga escreveu: “vale o que vale, isto é: nada vale, pois o combustível que o faz escrever é o azedume, o álcool e a consequente degradação cerebral. Eis o verdadeiro vampiro, pois alimenta-se do trabalho (para ele sempre mau) dos outros.”
Estou a ver que tenho de o procurar, a ele e já agora ao Vasco Pulido Valente, para as salutares bofetadas. Só lhes podem fazer bem. A mim também”.
No artigo de opinião em causa, Augusto M. Seabra começa por dizer que “a nomeação de João Soares para ministro da Cultura foi uma surpresa que permanece inexplicável já que passados quatro meses não afirmou uma linha de acção política, tão só um estilo de compadrio, prepotência e grosseria”. E acrescenta: “Que um governante se rodeie de pessoas de confiança é óbvio. Mas no caso do gabinete de Soares trata-se de uma confraria de socialistas e maçons”. Augusto M. Seabra diz que o ministro da Cultura “quer dar nas vistas pegando em questões controversas que se arrastam”, e aponta como exemplo o caso das obras de Miró.
“O tão badalado ‘tempo novo’ é na cultura apenas o “tempo velho” dos hábitos socialistas. E muito ainda promete…”, conclui Augusto M. Seabra.
FG (CP1200) com TSF