O ministro da Economia e do Mar disse, esta quarta-feira, que os preços da energia “vão necessariamente reflectir-se em subida”, perante as tensões geopolíticas internacionais, depois do escalar do conflito entre Israel e o Hamas.
“Com a guerra entre Israel e o Hamas, os preços necessariamente vão reflectir-se em subida, e é toda essa incerteza que se vive com as tensões geopolíticas internacionais, que nós temos de estar bem atentos”, afirmou António Costa Silva aos jornalistas à saída da Portugal Smart Cities Summit, em Lisboa.
O ministro remeteu para os efeitos da guerra decorrente da invasão da Ucrânia pela Rússia, apontando que em 2022 os preços da energia atingiram “um pico”.
“Vimos em 2022 os preços da energia atingirem um pico, mas depois declinaram substancialmente entre Junho e Agosto – então em Junho atingiram um pico e em Agosto já estavam a inferiores a 80 dólares por barril, no preço do petróleo –, mas quando a OPEP e a Rússia decidiram cortar a produção a 100,3 milhões de barris por dia, o preço respondeu logo e começou a subir”, sublinhou o governante.
O grupo islamita Hamas lançou no sábado um ataque terrestre, marítimo e aéreo sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza, na maior escalada do conflito israelo-palestiniano em décadas.
Desde então, o conflito provocou mais de 1.200 mortos do lado israelita e 1055 em Gaza desde sábado segundo dados actualizados esta quarta-feira pelas duas partes.