O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, inaugurou esta sexta-feira uma nova Unidade de Tratamento Mecânico Central de Valorização Orgânica da Braval. Trata-se de um investimento de 22 milhões de euros, que vai tratar anualmente mais de 100 mil toneladas de lixo gerado pelos seis concelhos que fazem parte da zona de abrangência da Braval.
A empresa cumpre este ano 20 anos de existência e, segundo Ricardo Rio, a Braval é um “bom testemunho de cooperação supramunicipal” e representa o “compromisso de todas as entidades públicas de servir a população”. Para o autarca, e também presidente da assembleia geral da Braval, a empresa tem registado uma enorme evolução ao longo dos tempos, sendo este investimento agora inaugurado, o “corolário do esforço desenvolvido ao longo dos tempos e a sequência natural de uma empresa de vanguarda no sector”.
A nova unidade irá permitir valorizar 30 mil toneladas de fracção orgânica dos resíduos diferenciados e 10 mil resíduos verdes e castanhos, além de retirar a fracção reciclável e valorizar energicamente o biogás, explicou o presidente do conselho administrativo da Braval, Jorge Silva. Agora, o principal desafio é tornar a estrutura economicamente viável.
As novas instalações tratam os resíduos dos municípios de Braga, Amares, Póvoa do Lanhoso, Terras do Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde servindo um total de mais de 250 mil pessoas e uma área de 1100 quilómetros quadrados.
Segundo Jorge Silva, os objectivos da empresa são claros: “reduzir a quantidade de resíduos urbanos biodegradáveis encaminhados para este espaço, aumentar a quantidade de resíduos preparados para reutilização e reciclagem, valorizar os resíduos não recicláveis para que possam ter uma valorização, evitando que o seu destino seja o aterro sanitário”, explicou o responsável, que lançou um desafio ao governo para que tenha “especial atenção” ao processo de renovação de concessão da Braval, que se revela “extremamente importante para a empresa atingir os objectivos propostos e alcançar a sustentabilidade financeira”.
Em resposta ao desafio, o ministro do Ambiente referiu que este “é um processo que está a ser avaliado e, uma vez que se trata de um projecto que beneficia de apoios comunitários e que se revela importante para as populações abrangidas, não existe nenhuma razão para que a decisão não seja favorável”, garantiu João Matos Fernandes.