Partículas no ar, acumulação de lixo e de insectos, e excesso de barulho são alguns dos transtornos que têm afectado diariamente os moradores da rua Visconde de Ruães, em Mire de Tibães, Braga, alegadamente devido à poluição oriunda da empresa de resíduos Semural.
O presidente da Junta, José Magalhães, disse que “o problema afecta uma área com bastantes moradores, há uma Unidade de Saúde Familiar a escassos metros, e solos de cultivo contíguos, e por isso, vamos solicitar uma análise a quem tutela o ambiente pois é evidente que o tratamento de resíduos afecta a vida dos moradores, muitos deles seniores e crianças”.
O autarca falava no final de uma visita ao local do vereador do Ambiente da Câmara, Altino Bessa, o qual explicou que há que identificar exactamente a perigosidade deste tipo de resíduos junto das entidades competentes e lamentou a localização da fábrica junto das habitações.
“Dentro das competências da Câmara nesta área, porque são licenças que dependem de outras entidades, nomeadamente da Agência Portuguesa do Ambiente, da própria CCDR, e da Autoridade Regional da Saúde, vamos naturalmente pedir esclarecimentos. Contudo, parece-nos que uma fábrica deste género, localizada numa zona habitacional densa, não fará sentido”, referiu.
Bessa acrescentou que “a Câmara irá tentar aferir isso mesmo junto das entidades competentes, respondendo acima de tudo às preocupações demonstradas pela população e pela Junta de Freguesia no sentido de acabar com esta situação, pois parece-nos que é de todo infeliz a localização de uma indústria deste género, de tratamento de resíduos, numa área de grande densidade populacional”.
O PressMinho tentou contactar a Semural, mas sem êxito.
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