A Universidade do Minho (UMinho) homenageia no próximo dia 20 o antigo futebolista Alberto Gomes, primeiro minhoto na selecção nacional e ícone da Académica.
A cerimónia, que decorre na Casa Museu de Monção, envolve a doação dos objectos pessoais do atleta a esta unidade cultural da UMinho, incluindo a camisola das quinas que envergou em 1940 em Paris. Seguem-se as intervenções do reitor António M. Cunha, de José Viriato Capela (diretor da CMM) e de Carlos Alberto Gomes (filho do homenageado), além da conferência do juiz-conselheiro José António Barreto Nunes, da abertura da exposição evocativa e dos fados do Grupo Presença de Coimbra.
Alberto Gomes nasceu há exactamente 100 anos em Monção e foi avançado do Académico do Porto e Vianense, mas brilhou na Académica, onde esteve desde o primeiro Campeonato Nacional da 1.ª Divisão e marcou 166 golos em 206 jogos, um deles na conquista da primeira Taça de Portugal em 1939 (4-3 ao Benfica) e outro, já como treinador-atleta, a devolver a Briosa à 1.ª Divisão.
‘Berto’ chegou à selecção quando esta era ‘território exclusivo’ de jogadores do Benfica, Sporting, FC Porto e Belenenses. Penduraria as botas em 1949, mas o fair play e as zero sanções disciplinares valeram-lhe a Medalha de Comportamento Exemplar pela Federação Portuguesa de Futebol, em 1990.
Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Coimbra, Alberto Gomes foi também professor e director dos Colégio Camões e Colégio do Minho, trabalhou no Instituto de Saúde Mental, foi inspector da Direcção-Geral dos Desportos e, no início dos anos 70, dirigiu os Serviços Administrativos da Universidade de Angola. Em Monção tem o seu nome na toponímia, uma placa na casa onde nasceu e recebeu postumamente a Medalha de Ouro do município.
Luís Moreira (CP 8178)