O primeiro-ministro, António Costa, garantiu esta quarta-feira que o novo aeroporto previsto para o Montijo “não se fará se o estudo de impacto ambiental não o permitir fazer”.
“O aeroporto não se fará se o estudo de impacto ambiental não o permitir fazer”, afirmou o chefe do executivo, em declarações aos jornalistas durante uma viagem de metro em Lisboa, um dia após a assinatura do acordo entre o Estado e a ANA – Aeroportos de Portugal, prevendo um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028.
“O estudo (de impacto ambiental sobre o novo aeroporto no Montijo) pode dizer várias coisas. Pode dizer que sim, sob certas condições, e a ANA assegura desde já o compromisso de fazer a obra de acordo com as condições que vierem a ser definidas. Pode dizer sim sem qualquer restrição ou pode dizer não. Não é provável que o diga relativamente a uma infraestrutura que já hoje é um aeroporto [base da Força Aérea]”, argumentou.
O primeiro-ministro referiu que a eventual avaliação ambiental negativa da obra é um “enorme problema para a região de Lisboa” porque o “plano B” – construção de um “aeroporto de raiz e único” em Alcochete -, defendida pelo chefe de Governo “há 10 anos atrás”, demoraria “10 a 15 anos” a ser levada a cabo em vez dos três anos previstos para a “solução Portela+1”, ou seja, a nova estrutura no Montijo, “que resolverá o problema para muitas décadas”.
O entendimento com a ANA inclui a expansão do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e a transformação da base aérea do Montijo em aeroporto civil, cujo início de funcionamento está previsto para 2022, prevendo-se capacidade para sete milhões de passageiros.